Dando seguimento ao projeto "Bem-Viver - Saúde Mental no Ministério Público", a Comissão da Saúde do Conselho Nacional do Ministério Público (CES/CNMP) lançou na última sexta-feira uma pesquisa para fixação das balizas da futura política nacional de atenção continuada à saúde mental dos integrantes do MP. O questionário, elaborado por corpo técnico de especialistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), pode ser respondido por membros e servidores de todo o MP brasileiro até o dia 23 de julho.
Segundo a conselheira Sandra Krieger, presidente da CES, "o Projeto Bem-Viver entra em sua etapa mais sensível, em que é decisiva a participação de membros e servidores de todo o país: a pesquisa de saúde mental. Somente com uma ampla adesão dos integrantes do Ministério Público, respondendo ao questionário, poderemos definir com precisão os contornos da política nacional de atenção continuada à saúde mental. A construção dessa política não é do CNMP ou da Comissão da Saúde, mas de todas as pessoas que fazem o Ministério Público brasileiro, seus membros e servidores. Por isso, convido-os a acessar o hotsite e participar da pesquisa".
Questionário
A ferramenta escolhida para a aplicação da pesquisa garante o anonimato dos respondentes. O tempo previsto para a resposta integral ao questionário é de 10 a 20 minutos.
Riscos psicossociais
A professora doutora, Janine Kieling Monteiro, da Unisinos, participou da equipe que desenvolveu o questionário. Segundo ela, as respostas viabilizarão a identificação dos principais riscos psicossociais no trabalho e as alterações na saúde mental de membros e servidores em tempos de pandemia.
“Ditos riscos psicossociais compreendem as interações entre características referentes ao trabalho (relações interpessoais, conteúdo, natureza, ritmo, ambiente e condições de trabalho) e a quem trabalha (suas características, competências e necessidades). As consequências na saúde resultam dessa influência mútua. Os dados subsidiarão intervenções baseadas em evidências”, explica.